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domingo, 17 de agosto de 2008

Diablo Swing Orchestra

Diablo Swing Orchestra

Biografia

Diablo Swing Orchestra ou D:S:O é uma banda Sueca de Metal Avant-Garde, formada em 2003.

Recebeu, com seu álbum de estreia, o premio Metal Storm ‘The Biggest Surprise’ em 2006

Abaixo segue uma entrevista com o guitarrista e vocalista Daniel Håkansson, encontrada no site
http://www.gigreports.info/entrevistas/bandas-internacionais/a-conversa-com…-diablo-swing-orchestra.html

Para começar, conta-nos a história da Orchestra original.
Eles eram um grupo de músicos espantosos que hipnotizavam as pessoas de toda a Suécia de 1500 com a sua música. Tudo acabou quando foram tramados pela igreja por um crime que não tinham cometido. Na verdade, comprometiam a posição da igreja na sociedade da altura.
Por muito estranho que pareça, pouca gente na Suécia ouviu falar deles. Nós descobrimos através de uma carta que esteve escondida durante 500 anos e tem sido passada de geração em geração.

E tudo isso é realmente verdade? Aconteceu mesmo com os vossos antepassados?
Os créditos pela criação da banda não podem ser só nossos (risos)

Passados 500 anos, a história e a sonoridade da nova orquestra é completamente diferente. Apresenta-nos os Diablo Swing Orchestra desta nova era.
Os Diablo Swing Orchestra são formados por:
Annloice Loegdlund na voz
Daniel Håkansson na guitarra e voz
Pontus Mantefors na guitarra e efeitos
Anders Johansson no baixo
Johannes Bergion no violoncelo
Andreas Halvardsson na bateria

O Pontus e eu conhecemo-nos numa loja de música em Estocolmo em 2003. Começamos a falar um com o outro por mera coincidência e vimos que ambos tínhamos recebido cartas estranhas sobre a “Devil’s Orchestra” e em como os seus descendentes deveriam reuni-la de novo e uma vez mais espalhar a sua música provocante.
Dito e feito, após alguma procura encontramos o resto do grupo e começou então a tarefa de compor e decidirmos que rumo o nosso som iria seguir.

Segundo nos contas, há meio século atrás a Diablo Swing era tida quase como obscena pela sociedade em que se inseria. Vocês vêm-se também um pouco assim?
Bem, a verdade é que levamos uma vida muito mais confortável que os nossos antepassados e podemos ser considerados como espectadores das injustiças do mundo atual e não vítimas como eles foram. Felizmente, hoje em dia a tolerância a nível de criatividade na música é muito maior.
Sentimos que as pessoas deixaram de se contentar com o que as massas têm para lhes oferecer e procuram cada vez mais algo novo na música. Não queremos passar nenhuma mensagem política com a nossa música mas gostávamos de fazer com que quem nos ouça consiga esquecer do stress do quotidiano, esperamos poder inspirar as pessoas, tanto musicalmente como na vida em geral.

O que se pode encontrar nos vossos textos?
As nossas letras centram-se sobretudo em reflexões sobre assuntos com os quais nós enquanto indivíduos temos que nos debater. Acima de tudo, penso que as letras têm que significar algo para quem as escreve. Não nos importamos se as outras pessoas as interpretam de outra forma, à sua maneira.

E todo o trabalho de composição, letras, “confusão” é um trabalho de grupo ou existe um gênio por detrás de tudo isso?
Para este disco a grande parte da composição ficou a meu cargo. No entanto, com este primeiro disco encontramos a nossa identidade musical e nos próximos registros toda a banda irá contribuir para todo o processo de escrita.

A veia mais avant-garde na sonoridade mais pesada tem emergido com alguma importância nos últimos anos. Existe alguma do gênero que faça parte da tua playlist?
Unexpect e To-Mera são sem dúvida bandas que rodam muitas vezes no leitor de CDs.

Suponho que para haver uma “confusão” tão grande no vosso som, as influências de cada um variem bastante. Há alguma banda ou situação que vejas como grande influência no vosso som?
Posso dizer que a banda sonora do filme The Trio from Bellville tenha sido uma grande influência visto que era o que mais rodava quando da composição do álbum
Têm-nos dito que o nosso som soa algo esquizto mas achamos que somos bem coerentes. Todas as músicas têm uma idéia base e ao contrário de outras bandas, exploramos apenas essa idéia em cada uma delas, ao invés de incorporar várias partes numa faixa. É verdade que talvez não usemos combinações de gêneros musicais muito comuns mas mantemos essa combinação durante toda a música. Por isso talvez por aí possamos dizer que somos “mainstream avant-garde” (risos)


Sendo vocês uma banda recente e com uma sonoridade algo difícil, como foi a tarefa de arranjar uma editora para lançar o The Butcher’s Ballroom?
Bem, a verdade é que não procuremos muito. Conversamos com algumas editoras mas ao fim de algum tempo sentimos que éramos capazes de lançar o álbum por nós próprias e provar que éramos capazes de o fazer bem. Por isso lançamos o álbum através da nossa própria editora. Contudo, agora temos tido algumas propostas de uma editora que nos tem parecido bastante prometedora.

E como está a ser a sua promoção? Têm tido feedback a nível mais nacional ou também internacional?
A resposta principal tem vindo de fora da Suécia e tem sido bastante positiva. No início chegamos a pensar que as pessoas nos iriam simplesmente meter no mesmo saco que uns Nightwish ou Within Temptation mas felizmente não foi de todo esse o caso. A maioria das pessoas considera o álbum como um sopro de ar fresco dentro do género.

Quanto a concertos, que palcos têm pisado os Diablo Swing Orchestra?
Temos dado alguns concertos mas até agora só na Suécia. Claro que planejamos sair daqui e atuar um pouco por toda a parte mas esse é um processo demorado.

Como é levar esta orquestra a tocar ao vivo?
A versão “ao vivo” dos D:S:O é muito mais enérgica e também muito mais crua que em estúdio. Em palco não tentamos de todo soar como no álbum e tendo em conta que não usamos backing tracks isso seria mesmo impossível, teríamos que ser 10 ou 11 pessoas e por enquanto somos só 7. Temos tido a ajuda de um amigo nosso no trompete e o Johannes (violoncelo) tem feito as partes de piano/teclados ao vivo. Penso que o melhor termo para nos descrever em palco é mesmo “energéticos”.


Para lançar um disco como o que mandaram para fora em 2006 suponho que criatividade não vos falte. Para quando podemos esperar novo trabalho por parte dos Diablo Swing Orchestra?
Evolução! Para além do Pontus e do Andy, nenhum de nós tinha experiência em estúdio. O processo de realização do The Butcher’s Ballroom serviu para definirmos a nossa identidade. Estamos todos na mesma onda e sabemos onde queremos levar a banda no futuro.

Sempre com o feeling boêmio e extravagante ou irão surgir mudanças drásticas?
A base da nossa música não irá mudar e os ingredientes serão sempre os mesmos. Uma coisa de que temos já a certeza é que o violoncelo irá ter um papel muito mais importante no próximo disco – algo que já temos vindo a concretizar nos nossos concertos. Iremos também inserir alguns instrumentos novos no sucessor do The Butcher’s Ballroom.

Para além disso, o que têm previsto para 2007?
Esperemos que muitas atuações ao vivo, possivelmente um vídeo e… a conquista do mundo! (risos)

Últimas palavras…
Queremos agradecer-te por esta oportunidade e convidar todos os leitores a visitarem o nosso fórum (www.diabloswing.com/forum), onde poderão fazer-nos mais perguntas.